História do Municipio de Santana

Santana teve início do agrupamento populacional em Ilha de Santana, localizada em frente, à margem esquerda do rio Amazonas, em 1753. Os primeiros habitantes eram moradores portugueses e mestiços vindos do Pará, além de índios Tucuju, comandados pelo desbravador português Francisco Portilho de Melo, que evadiu-se para esta região fugindo das autoridades fiscais paraenses em razão do comércio clandestino de escravos e metais. De sua aliança com Mendonça Furtado obteve o título de Capitão do então povoado de Santana, tendo que em troca disponibilizar uma listagem com aproximadamente 500 silvícolas tucuju sob sua guarda.Concentrado em Ilha de Santana, Portilho de Mello e seus agregados conviveram com a redução da força de trabalho indígena, já que a mortalidade também foi significativa, por causa das inadequadas condições de trabalho. Por ordem de Mendonça Furtado em 04 de Fevereiro de 1758 foi instalado e fundado o povoado de Santana, em homenagem a Santa Ana de quem os europeus e seus descendentes eram de votos. Em 1946, com a descoberta do manganês em Serra do Navio por Mário Cruz, Santana experimentou um crescimento significativo, em decorrência da instalação da Icomi (Indústria e Comércio de Minérios). Já no final da década de 50, foi construída a Estrada de Ferro do Amapá, com 19 quilômetros lineares, para o transporte do pessoal e escoamento da produção de manganês com destino ao mercado externo.Dadas as condições geográficas adequadas ao escoamento via fluvial, é escolhido o Canal Norte do Rio Amazonas que propiciava, pela sua profundidade, fácil navegabilidade aos navios de grande calado. Assim é instalado um cais flutuante em frente a Ilha de Santana, gerando empregos, atraindo população e incentivando comércios e indústrias de pequeno porte, estimulando a criação de vilas e ampliando a área urbana do povoado, elevando-o a nível de distrito, em 1981, pela Lei nº 153/81 PMM, sendo seu primeiro agente distrital Francisco Correa Nobre. Em 17 de dezembro de 1987, pela lei nº 7.639, Santana passa a ser mais um município do Estado.
Igarapé do Lago - O distrito de Igarapé do Lago, em Santana, é considerado um dos mais importantes e constitui um grande reservatório religioso-cultural. Distante 110 quilômetro de Macapá, e localizado em parte elevada onde predominam os campos de terra firme, Igarapé do lago tem uma população superior a 600 indivíduos. A localidade é banhada por um igarapé, afluente do rio Vila Nova (ou Anauerapucu), que se alonga por regiões de terras baixas, inteiramente alagadas durante o inverno, formando extenso lago. Daí sua denominação.O acesso a Macapá é feito por estrada empiçarrada e por água, alcançando o Vila Nova, saindo no rio Macapá ou braço norte do Amazonas, aportando em Santana, a 24 quilômetros da capital.A vila surgiu após a libertação dos escravos. Antes havia apenas o Sítio de Dona Joana Barreto, onde trabalhavam vários negros. Com a assinatura da Lei Áurea, dona Joana reuniu os negros e comunicou-lhes que a escravidão não mais existia, razão pela qual eles poderiam ir para onde quisessem. Os negros não deixaram dona Joana. Pediram autorização para construir suas casas em frente ao sítio em parte elevada e continuaram a realizar seus trabalhos nas roças de mandioca, milhos, café e criação de gado, caça e pesca. Assim surgiu a vila de Igarapé do Lago. Um punhado de negros libertos que não encontraram motivos para abandonar uma senhora bondosa de elevado espírito cristão.O distrito de Igarapé do Lago pertence ao município de Santana e compreende as vilas de Bois e Pedrinhas, ambas reunindo poucas famílias que de dedicam à criação de gado, porcos, galinhas, roça de mandioca e frutas, especialmente laranjas. A vila possui aproximadamente 60 casas. Predominam as residências armadas com madeiras de lei, entre elas as mais recentes. As casas mais antigas do povoado são constituídas de barro (enchimento) assentadas nas paredes entre grossos esteios e redes de cipó. A cobertura quase sempre é de palha, ou cavaco, havendo poucas casas cobertas de telhas de barro ou fibrotex.As palhas usadas nas coberturas são de ubuçu, ubim, bacaba, miriti, etc, com maior utilização das duas primeiras que são retiradas das palmeiras que lhes emprestam o nome, abundantes na região.A população compreende elementos representativos de vários grupos étnicos, predominando o mulato de cabelo encaracolado. A vila tem aproximadamente 90 anos de existência. Aos escravos juntaram-se posteriormente o branco, proveniente das regiões das ilhas do Pará, descendentes de açorianos e portugueses que haviam povoado Mazagão Velho. Registram-se alguns elementos de grupos indígenas do Oiapoque, notadamente da tribo Galibi. O elemento negro é praticamente nulo, desapareceu com a mestiçagem e agrupam-se em outras regiões. Os moradores dedicam-se a agricultura. Durante o inverno (janeiro a agosto) chove bastante na região.
Estudo elaborado por
Dados do município
Características
Nome oficial: Município de Santana
Lei de criação: Nº 7.639, de 17 de dezembro de 1987
Limites: Norte: Porto Grande Sul: Mazagão Leste: Macapá e Rio Amazonas Oeste: Porto Grande e Mazagão
Área de unidade territorial: 
1.579,608 km2
Densidade demográfica: 64,11
população estimada para 2013 (IBGE): 108.897
População (IBGE 2010):  101.262 habitantes (recenseada)
Código do Município: 1600600
Gentílico: santanenses
Comunidades principais: Igarapé da Fortaleza, Igarapé do Lago e Ilha de Santana, Santana (sede).
Clima: Quente úmido
Temperatura: Média mínima 23°C e máxima 40°C
Grupos Indígenas: Nenhum
Atração turística: Passeios de barco pelas inúmeras ilhas que cercam o município
Transporte: Rodoviário, fluvial
Aeroporto: Não tem
Distância da capital: 12 km

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