DANÇA DO MAÇARICO

A dança do Maçarico é mais um dos folguedos típicos do povo brasileiro, praticado com maior expressividade na região Norte do Brasil. Segundo os folcloristas, o local de origem dessa dança é o município paraense de Cametá.
A dança do Maçarico reflete a relação estreita entre os componentes da floresta e as práticas culturais. Seu nome faz menção a uma ave muito comum no Pará, o maçarico. Os passos da dança sugerem semelhanças com o caminhar do pássaro, que usa as pernas compridas e desproporcionais ao corpo para correr com muita rapidez.
Ainda que concebida no Brasil, a dança do Maçarico revela também a influência portuguesa nas práticas culturais desse país; alguns de seus passos lembram danças dos salões da Corte de Portugal.
Sua origem data do final da escravidão, quando começou a ser praticada por caboclos e negros que cantavam os versos imitando as danças lusitanas (portuguesas).
Assim, pode-se afirmar que essa dança é representante do caldeirão cultural brasileiro, constituído através das influências culturais dos colonizadores portugueses, dos grupos indígenas originais e dos negros africanos. Ao mesmo tempo, a dança do Maçarico revela, com clareza, a influência das condições presentes no meio natural na cultura de um povo. A realidade local foi incorporada à manifestação, tornando-a singular, possuidora de características próprias. Tais condições levaram à constituição de uma prática cultual única, fruto da associação entre o movimento de um elemento natural e fatores histórico-sociais.
Apresentada em grupos de casais, seus versos são cantados pelos próprios dançantes, geralmente puxados pelas mulheres. Tendo como referência o cadenciar da música, a coreografia segue exatamente o que diz a letra no momento do coro; os passos variam de pequenos saltos a passadas que acontecem de forma acelerada, composta, ainda, por movimentos de danças portuguesas.
Os instrumentos musicais e as vestimentas utilizadas nessa dança são semelhantes a muitas outras práticas culturais do estado do Pará e da região Norte do Brasil, como, por exemplo, o Carimbó. Variando muito, o figurino parece não seguir uma regra geral, o que se vê são saias e blusas bem coloridas dando leveza e movimento ao sacolejar das roupas, bem ao estilo nortista ritmado pelos tambores, xique-xiques, rabecas, violões, entre outros instrumentos. Ainda que a beleza do figurino seja relevante para as apresentações, o mais importante é que as roupas garantam a leveza, a rapidez exigida pelos movimentos e passos da dança, afirmando, assim, a semelhança com a ave maçarico.
A dança do Maçarico não está ligada a uma prática religiosa ou a uma data comemorativa específica. Sua prática ocorre em diferentes espaços e em qualquer época do ano. Sua finalidade é o entretenimento e o divertimento daqueles que dançam.
Essa dança é praticada por diversos grupos folclóricos. A ação desses grupos é responsável pela manutenção da prática cultural, bem como pelo seu reconhecimento pelos grupos mais jovens.

A Dança do Siriá

O elemento natureza unido as influência de diversas culturas já existentes, criam novas visões e manifestações. A Dança do Siriá é uma dança em devoção e agradecimento aos deuses, que hoje, expressa a alegria do povo da região Norte do Brasil.
Musicalmente, o Siriá herdou fortes expressões dos batuques africanos, tendo origem na cidade paraense de Cametá. Embora essa tradição folclórica tenha muitos elementos da cultura dos grupos negros africanos vindos para o Brasil, não se pode omitir a presença de elementos da cultura indígena. 

Para os grupos indígenas, o Siriá é uma dança de conquista; dança-se para conquistar aquela ou aquela por quem se está apaixonado. Para os negros, a dança faz lembrar os tempos de cativeiro e as estratégias utilizadas para  superar as dificuldades de sobrevivência nesses tempos. 

As histórias sobre a origem do Siriá junto aos grupos negros afirmam que os escravos trabalhadores nas fazendas eram mal alimentados e trabalhavam durante todo o dia, sem comer quase nada. Ao final do dia, quando podiam descansar, usavam do direito de caçar ou pescar, buscando, com o fruto dessas ações, suprir a falta de alimentação. Durante a noite, o escuro das florestas os impedia de caçar, e os negros escravos iam até as praias tentar pegar algum peixe trazido pela maré. Ainda assim, a quantidade de peixe que pegavam era insuficiente para satisfazer a fome de todos.


Um dia, porém, como num milagre, apareceu, na praia, uma quantidade incalculável de siris que se deixavam pescar sem afugentar, tornando possível saciar a fome de todos os escravos que estavam ali. Esse episódio começou a se repetir em quase todos os finais de tarde. Os negros atribuíram esse  milagre aos deuses que os protegiam e que mereciam, portanto, ser homenageados. Nasce assim a dança do Siriá.


O nome Siriá se deve ao sotaque dos negros ao pronunciarem algumas palavras: a plantação de café, chamada de cafezal, era pronunciada como cafezá, a de arroz, arrozá, a de cana, canaviá. Os escravos associaram a abundância de siris a uma plantação, suficiente para alimentá-los todos os dias. Uma plantação de siri, portanto, seria um Siriá. 



Nos dias de hoje, o Siriá traz, em suas letras e movimentos, elementos que lembram mais o sentido indígena da dança, ou seja, a conquista daquele por quem se está apaixonado. Por isso, estudiosos que pesquisam sobre o folclore amazonense chamam a dança do Siriá de “dança do amor idílico”, que quer dizer amor poético, suave, atribuído à beleza da execução dos passos. As roupas usadas na dança são um espetáculo à parte. Coloridas e adornadas, as mulheres costumam trajar blusas rendadas de cor clara, saias de roda e bem armadas e colares e pulseiras feitas das sementes amazônicas valorizando ainda mais a cultura local. Nos cabelos, são feitos arranjos com flores. Os homens, com uma fralda amarrada à frente em cima da camisa colorida e calça de tom escuro, dançam descalços, assim como as mulheres. Na cabeça, usam chapéu com flores, que, no decorrer da apresentação, são colhidas pelas dançarinas, demonstrando alegria através das acrobacias feitas com a barra da saia.


Os movimentos dos dançarinos indicam que o Siriá, além das influências indígena e africana, apresenta elementos e características herdadas dos portugueses. O Siriá é dançado com os braços erguidos para cima, uma característica típica das danças folclóricas originárias de Portugal. Ao mesmo tempo, tambores e batuques produzem um ritmo do batuque tipicamente africano, enquanto muitos de seus movimentos corporais são típicos das danças indígenas.


O Siriá é uma dança que simboliza um ritual de agradecimento e de alegria em devoção à proteção divina. Nos dias de hoje, a Dança do Siriá está totalmente desvinculada dos fatores religiosos que originaram o festejo. Hoje, tornou-se uma manifestação cultural com a intenção de divertir e alegrar os dançantes.

fonte: http://173.203.31.59/Portal.Base/Web/VerContenido.aspx?ID=205868

Lundu – Danças e Ritmos do Brasil.


Lundu, também chamado de Lundum caracteriza-se por um gênero musical e dança folclórica de origem afro-brasileira criada a partir dos Batuques dos escravos. No período da escravidão, os negros realizavam suas tradições religiosas, cantavam e dançavam para manifestação de sua cultura. No final do século XVIII, o Lundu já se torna presente tanto no Brasil quanto em Portugal, tendo influência cultural de tais países.
O ritmo e a dança foram sofrendo modificações no decorrer do tempo, porém a evidência maior é a sensualidade. Apresenta rebolados e “quebras” de quadris, característicos dos movimentos africanos e herdou da cultura européia, a melodia e harmonia para a composição musical.
Durante o século XIX, o Lundu foi considerado um ritmo dominante e aceito pelos brancos. Entretanto, no início do século XX, deixa de ser símbolo de identidade e proibido por ser considerada uma dança que imitava o ato sexual, um atento ao pudor. Contudo, alguns escravos continuavam as escondidas a cultivá-la. Tempos depois, o decreto caiu no esquecimento e o Lundu passou a ser aceito e praticado, mantendo sua principal vertente que é a sensualidade e tornando-se manifestação folclórica. Atualmente, essa dança é praticada em alguns estados do Brasil, principalmente na Região Norte e mais especificamente na Ilha de Marajó, no Pará.
Movimentos Característicos da Dança
Os movimentos são ondulares de grande volúpia, lascivos e lúbricos, apresentam rebolados e maneios dos quadris evidenciando a sensualidade da dança. O lundu possui também influências portuguesas no que diz respeito aos movimentos de sapateados, posturas do corpo, elevação de braços acima da cabeça e marcação com os pés ao ritmo da música.
Coreografia
A coreografia destaca-se como a mais sensual dança folclórica paraense. A história baseia-se em um convite do homem à mulher para um encontro sexual. A dança inicia e o homem convida a dama para dançar, a princípio ela recua, mas diante da insistência do companheiro acaba por aceitar.
Atualmente a coreografia é dançada em roda e de maneira descontraída, mais sempre respeitando as tradições culturais. Apresenta-se da seguinte forma:
Músicos iniciam o ritmo do lundu e as pessoas que querem dançar aproximam-se entrando na dança. O sinal da viola é emitido e a primeira dançarina abre espaço no centro da roda que logo se forma com o grupo. Assim, ela inicia seus movimentos e convida alguém para acompanhá-la e depois substituíla. Esse alguém pode ser homem ou outra mulher, o convite é feito por gestos de batidas dos pés ou palmas diante da pessoa escolhida. Desta forma, a dança segue alternando os dançarinos.
No meio da roda os dançarinos realizam as movimentações marcantes do lundu, com rebolados, braços das mulheres para cima e dos homens para baixo, pernas fletidas e um sapateio em que a planta do pé bate no chão, ao ritmo da música. Se houver o convite de dança com umbigada faz-se uma algazarra no grupo, pois esse é momento da representação do ato sexual no movimento.
Indumentária
A dança do Lundu sofreu modificações no que diz respeito a movimentos e indumentária. Por ser muito praticada da Ilha do Marajó apresenta vestimenta característica da região. Desta forma, geralmente as mulheres usam saias longas, rodadas e estampadas com cores fortes, blusas branca, curtas e de rendas, utilizam também pulseiras, colares, brincos vistosos e flores para enfeitar o cabelo. Já os homens vestem-se com calças largas e brancas e bainhas enroladas nos pés, as blusas são de mangas compridas, enroladas na altura do umbigo e estampadas com desenhos marajoaras. Os pares apresentam-se sempre descalços. A vestimenta da dança do Lundu assemelha-se com a indumentária da Dança do Carimbó
Instrumentos Musicais
- Rebeca (Violino)
- Clarinete
- Reco-Reco
- Ganzá
-Maracás
- Banjo
-Cavaquinho

Carimbó

Carimbó  é uma sonoridade de procedência indígena, aos poucos mesclada à cultura africana, com a assimilação das percussões dos negros; e a elementos de Portugal, como o estalar dos dedos e as palmas, que intervêm em alguns momentos da coreografia. Originalmente, em tupi, esta expressão significa tambor, ou seja, curimbó, como inicialmente era conhecido este ritmo. Gradualmente o termo foi evoluindo para carimbó.
Esta dança teve sua origem no território de Belém, mais precisamente na área do Salgado, composta por Marapanim, Curuçá e Algodoal; e também se disseminou pela Ilha de Marajó, onde era cultivada pelos pescadores. Acredita-se que o Carimbó navegou pela baía de Guajará, pelas mãos dos marajoaras, desembarcando nas areias do Pará, justamente nas praias do Salgado. Não se sabe exatamente em que ponto desta região ele tomou forma e se consolidou, embora Marapanim clame pela paternidade desta coreografia, editando anualmente o famoso Festival de Carimbó de Marapanim.
De qualquer forma, esta cadência evoluiu para um formato mais moderno, inspirando decisivamente o nascimento da lambada e do zouk. Tradicionalmente este estilo musical era executado em tambores. Os tocadores golpeavam este instrumento, manufaturado com troncos de árvores, utilizando as mãos no lugar de pequenas varas. Eles eram secundados por reco-reco, viola, ganzá, banjo, maracás e flauta. Juntos, eles conferiam ao carimbó uma musicalidade original e voluptuosa.
Nas décadas de 60 e 70 guitarras elétricas foram acrescentadas aos tradicionais instrumentos, e a dança passou a receber forte inspiração de ritmos como o merengue e a cúmbia. Ao se disseminar pela região Nordeste do país, ela impulsionou o surgimento da lambada, que se difundiria por todo o Planeta.

Nas apresentações do carimbó os homens vestem blusas lisas ou mesmo estampadas, acompanhadas de calças sem estampas; eles não esquecem do lenço adornando o pescoço, do chapéu de arumã, e os pés ficam nus. As mulheres, por sua vez, trajam blusas que liberam os ombros e a barriga, para que fiquem visíveis, usam inúmeros colares e pulseiras confeccionadas com sementes que florescem na região paraense, sobre saias amplas ou franzidas, repletas de cores e estampas. Arranjos florais são dispostos sobre as cabeças, e elas igualmente dispensam sapatos.

A coreografia principia com os casais posicionados em filas, e então o homem acerca-se de sua companheira batendo palmas, sinal para que ela se considere convidada para dançar. Elas cedem e dão início a um volteio circular, constituindo simultaneamente um amplo círculo, movendo as saias, com a intenção de arrojá-las sobre a cabeça de seu parceiro.
A dança segue com uma das bailarinas lançando ao solo um lenço; seu companheiro, dobrado para frente e com os braços jogados para trás, simulando asas, abrem as pernas e se esforçam para apanhar o acessório com a boca, sem sair do ritmo. Enquanto isso a moça apanha a saia com as mãos, agita-a, como se ela fosse um peru, e todos cantam um trecho da música referente a este gesto: O Peru está na roda chô Peru. Tudo corre como se obedecesse, portanto, a um ritual pré-estabelecido, já memorizado por todos.

O Marabaixo: a dança típica do Amapá

Parecido com um ritual pagão com junção de aspectos da religiosidade, em devoção a santos católicos, surge o Marabaixo no Amapá. Tem semelhanças com a capoeira herdada dos ancestrais africanos e elementos que lembram dança, luta e teatro.
A festa Marabaixo é uma comemoração religiosa que acontece no Amapá, praticada por remanescentes de quilombos, os quais demonstram sua fé através da dança, do canto e do consumo da gengibirra, bebida feita à base de gengibre e álcool.

Os africanos, que chegaram ao Brasil na condição de escravos, trouxeram elementos da cultura de seus países de origem. Entre esses elementos culturais, a música e a dança foram fundamentais para a manutenção de uma memória da terra de origem e, ao mesmo tempo, para o estabelecimento de uma identidade.
Para que os senhores de escravos permitissem manifestações musicais e danças, os negros cativos incorporaram a elas aspectos da cultura branca, sobretudo aspectos da religião. Assim nasceu o Marabaixo, misturando tradições africanas aos rituais e crenças da religião católica.

O Marabaixo é uma festa religiosa em louvor à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo, realizada através de missas que misturam danças, músicas, ladainhas. As danças e músicas são improvisadas, originalmente, e devem representar a realidade vivida, o dia-a-dia de uma comunidade. Por representar situações cotidianas, o Marabaixo pode ser composto de movimentos que lembram lutas, como também movimentos que lembram a alegria, a tristeza e a paixão.

Os instrumentos utilizados são caseiros, confeccionados rusticamente de madeira cavada, transformada numa espécie de caixa imitando o som de tambores. Recebem o nome de membranofones. Participam negros e mulatos, em maioria, que respondem em coro a uma espécie de “desafio” tirado por um cantador ou cantadora, que lança os improvisos.

As festividades do Marabaixo se iniciam no domingo de Páscoa e terminam no dia do Divino Espírito Santo, ou seja, quarenta dias após o domingo em que se comemora a ressurreição de Cristo.

Como toda a tradição, o Marabaixo sofreu modificações ao longo dos anos. No entanto, um aspecto chama a atenção quando se observa esse ritual. De modo geral, as tradições populares perdem sua força nos espaços urbanos. Nessas áreas, o crescimento da população, as condições de trabalho e hábitos culturais que incorporam os avanços tecnológicos favorecem o esquecimento e, até mesmo, o abandono das tradições de origem de um povo.

Ao contrário do que, em geral, ocorre com as tradições populares, o Marabaixo, na atualidade, mantém-se vivo e importante em áreas urbanas. Na cidade de Macapá, capital do estado do Amapá, os bairros da Favela e do Laguinho são considerados redutos, guardiões da prática e dos ensinamentos sobre o Marabaixo.  Considera-se que a migrações de populações rurais para a cidade de Macapá foram importantes para a manutenção dessa tradição no espaço urbano da capital amapaense.

Ao mesmo tempo, o Marabaixo permanece como uma importante festividade na Vila do Curiaú, uma comunidade rural localizada a 12 Km de Macapá, onde essa tradição, muitas vezes, está ligada a práticas religiosas de origem africana. Em Curiaú, a maior aproximação entre o Marabaixo e essas tradições  pode ser explicada pelo fato de que essa vila está situada na área de um antigo quilombo.

Assim, diferente do que acontece com tradições como o Boi Bumbá, a festa do Marabaixo não pode ser considerada apenas rural ou apenas urbana. Alguns estudiosos da tradição do Marabaixo indicam que a manutenção dessa festividade está relacionada aos movimentos de valorização da cultura negra, que ganharam força no Brasil a partir da década de 60. 

Em 2004, o governo do Amapá instituiu, no calendário folclórico do estado, o Ciclo do Marabaixo. Essa medida fez valorizar e divulgar a tradição, chamando a atenção de turistas e levando as escolas a trabalharem essa festividade como um importante marco da cultura local. Ao mesmo tempo, diante do estabelecimento desse Ciclo, os praticantes mais antigos do Marabaixo argumentam que os valores básicos da tradição, ligados à religiosidade e à cultura negra, tornam-se menos importantes para os novos e jovens integrantes. Os antigos foliões chamam a atenção para o fato de que a bebida gengibirra, antes considerada um dos componentes do Marabaixo, tem se tornado o centro da festividade, sobretudo junto aos jovens. Essa mudança, para os praticantes tradicionais, é considerada uma perda para a cultura do Marabaixo.

fonte: http://173.203.31.59/Portal.Base/Web/VerContenido.aspx?ID=205772

Estado Laico brasileiro









Economia de Santana

No setor primário predominam a criação de gados bovino, bubalino e suíno, a atividade pesqueira e a extração da madeira, além da venda de produtos tipicamente nortistas (madeira e açaí, que contribuem também para o desenvolvimento econômico de Santana);


No setor secundário, Santana mantém sob o seu domínio o Distrito Industrial de Santana, cujo parque sofre constante ampliação. Entretanto, funcionam as empresas Flórida e Equador, e também as empresas Reama (que industrializa a Coca-Cola no Estado), Amcel (responsável pela plantação de pinhos e eucalipto), Anglo American (responsável pela extração de minério), dentre outras.


No setor terciário: comércio (Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS) e serviços contribuem economicamente. Os funcionários do serviço público são os que recebem as maiores remunerações, movimentando o comércio.

Atrações turísticas

Como atração turística, o porto de embarque e desembarque de produtos importados e cavacos de pinho, o porto flutuante de embarque do manganês pelotizado; a ilha de Santana, que fica do outro lado da cidade e que tem, inclusive, o balneário "Recanto da Aldeia", são bastante frequentada aos finais de semana, etc.

Lenda da "COBRA SOFIA"

O Boto Tucuxi apaixonou-se pela indiazinha, possuindo-a através de um encantamento.

Há muito tempo, em uma aldeia próxima à Ilha de Santana, vivia Icorã, uma índia de olhos cor-de-mel e muito linda. A beleza da índia, incomparável entre todas as mulheres da tribo, transformava em suplício sua felicidade. É que pela formosura Icorã era cortejada pelos bravos, ao mesmo tempo em que estava destinada ao Deus Tupã quando estivesse em idade apropriada. Prisioneira de sua beleza, a indiazinha vivia muito triste, rara vezes deixando a oca. Quando o fazia era para dirigir-se até a beira de um grande lago, à noite, para contar à lua seu sofrimento.
Certa noite, enquanto banhava-se ao luar, Icorã foi avistada pelo boto Tucuxi, que perdeu-se de amores por ela. Transformando-se em um cisne, Tucuxi aproximou-se da indiazinha, possuindo-a através de um encantamento. Meses depois Icorã sentiu a prenhez em suas entranhas e só então descobriu que aquele cisne lindo com quem brincara no lago era na verdade um boto.
Mortificada de remorsos Icorã embrenhou-se nas matas, permanecendo longe de tudo e de todos para ter a criança. Quando as dores vieram e a indiazinha teve seu rebento, deu-lhe o nome de Sofia e atirou a criança no lago, na esperança que esta se afogasse e ninguém tomasse conhecimento de seu pecado. Depois retornou à aldeia, como se nada tivesse acontecido.
O boto Tucuxi, arrependido do que fez, transformou a criança em uma cobra d'água, evitando assim sua morte. Muito tempo passou e certo dia, quando Icorã encontrava-se à beira do lago, sentiu as águas se revolverem e viu quando uma cobra imensa, de estranhos olhos cor-de-mel, deixou seu refúgio. Era a Cobra Sofia, que procurava águas profundas para acomodar-se. Os sulcos deixados durante o trajeto, dizem as lendas, formaram o Rio Matapí.
Sofia, acreditam os mais antigos, parou para descansar onde hoje fica localizado o antigo Porto da mineradora ICOMI, na área urbana do município de Santana. Há alguns anos (mais precisamente em Outubro de 1993), uma grande parte daquela plataforma desabou por força de uma misteriosa onda d'água que se formou no início do Rio Matapí e terminando na embocadura do Rio Amazonas. Dizem que foi a Cobra Sofia que moveu-se durante o sono.

Lenda do Boto Cor de Rosa

Conta na Amazônia, que os botos do rio Amazonas fazem charme para as moças que vivem em vilas e cidades à beira-rio.
Eles as namoram e, depois, tornam-se os pais de seus filhos!
No início da noite, o boto se transforma em um belo homem e sai das águas, muito bem vestido e de chapéu, para esconder o buraco que todos os botos têm no alto da cabeça (o buraco serve para respirar o ar, já que os botos são mamíferos e têm pulmões, como você). O rapaz-boto vai aos bailes, dança, bebe, conversa e conquista uma moça bonita. Mas, antes do dia surgir, entra de novo na água do rio e se transforma de novo em um mamífero das águas.




O boto verdadeiro

O verdadeiro boto é um mamífero da ordem dos cetáceos. Há um grupo deles que vive exclusivamente em água doce, de rio. O que vive na América do Sul tem o corpo alongado, de dois a três metros de comprimento. Tem grandes nadadeiras peitorais e cerca de 134 dentes. São cinzentos, mas clareiam com a idade e ficam cor-de-rosa!
Botos comem peixes e, às vezes, frutos que caem no rio. A fêmea tem um filhote, que permanece ao seu lado até ficar adulto.
Parece que as lendas sobre "botos-homens" só surgiram no Brasil a partir do século XVIII. Pelo menos, nenhum pesquisador encontrou registros mais antigos dessa lenda! Mas, na mitologia dos índios tupis, há um deus - o Uauiará - que se transforma em boto. Esse deus adora namorar belas mulheres.
Até hoje, mães solteiras na região do Amazonas dizem que seus filhos são filhos "do boto"! O olho do boto, seco, é considerado um ótimo amuleto para conseguir sucesso no amor. Se o homem quer conquistar uma mulher, dizem que ele deve olhar para ela através de um olho de boto. Desse jeito, ela não vai poder resistir - e vai ficar perdidamente apaixonada...

fonte: http://lendasdobrasil.blogspot.com.br/2010/10/lenda-do-boto-cor-de-rosa.html

Açaí

Proveniente de um cacho do açaizeiro – Euterpe oleracea – uma espécie de palmeira, o Açaí é um fruto bacáceo roxo. Esse fruto é nativo da região amazônica, abrangendo os estado do Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, Rondônia e Acre. Também é encontrado na Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas, Trinidad e Tobago e Colômbia.
Os indígenas o chamam de “içá-çai”, termo que em português significa “a fruta que chora”. Do fruto é feito o vinho de açaí, cremes, sucos, sorvetes, picolés, licores, míngua e o seu caroço é utilizado no artesanato, além de adubo orgânico. O seu cacho é aproveitado para fazer vassoura. Quando queimado, a sua fumaça funciona como repelente de insetos.
O palmito dessa espécie é usado no preparo de saladas, recheios, cremes e ração para os animais. Acredita-se que a raiz de sua palmeira combata a hemorragia e a verminose. No estado do Pará, o fruto é considerado uma importante fonte de proteínas, na região, o fruto do açaí é consumido desde os tempos pré-colombianos.
O fruto e seu aroma passaram a ser utilizados em escala industrial no Brasil, a partir das décadas de 80 e 90. A palmeira do Açaí, o açaizeiro, é semelhante à palmeira juçara nativa da Mata Atlântica.
Como já referido neste texto, aproveita-se praticamente tudo da palmeira do açaí, o fruto é destinado para a alimentação e seu caroço para o artesanato, as folhas servem para cobrir casas e fazer trançados, a estipe é usada para ripas de telhado, as raízes servem como remédio caseiro e o palmito como alimento, ração e cura anti-hemorrágica.
O suco do fruto é consumido em copo ou em prato de pirão servido com farinha. O suco, além de bebida, serve para fazer doces, geleias e sorvetes. A sua colheita não é fácil, é necessário escalar a palmeira utilizando um trançado de folhas amarrados aos pés, que serve de base para a subida na palmeira.



A LENDA DO AÇAÍ
De acordo com o folclore brasileiro, existia uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos estavam escassos, era difícil conseguir comida para toda a tribo. Então, o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que, a partir daquele dia, todas as crianças recém-nascidas seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional daquela tribo da floresta.
Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçá, deu à luz uma menina que também teve de ser sacrificada. Iaçá ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades. Ficando vários dias enclausurada em sua oca e pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.
Certa noite de lua, Iaçá ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma grande palmeira. Lançou-se em direção à filha, abraçando-a. Porém, misteriosamente, sua filha desapareceu.
Iaçá, inconsolável, chorou muito até morrer. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira. Porém, no rosto, trazia, ainda, um sorriso de felicidade. Seus olhos estavam em direção ao alto da palmeira, que se encontrava carregada de frutinhos escuros.
Itaki, então, mandou que apanhassem os frutos, obtendo um vinho avermelhado que batizou de Açaí ("Iaçá" invertido), em homenagem a sua filha . Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.



IMPORTÂNCIA COMERCIAL

O açaí é de grande importância para a sua região de cultivo em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, principalmente os ribeirinhos. Nas condições atuais de produção e comercialização, a obtenção de dados exatos é quase impossível, devido à falta de controle nas vendas, bem como à inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida se apoia pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta. Nos estados do Amazonas e Pará, principais produtores, o consumo de açaí, em litros, chega a ser o dobro do consumo de leite.
Neste sentido, constitui-se num item de alimentação fundamental para muitas pessoas. Entretanto, a exportação em larga escala tem acarretado uma diminuição significativa na qualidade do suco consumido pela população de baixa renda que para consumir o fruto com uma qualidade razoável necessita pagar mais caro. O que torna-se inviável do ponto de vista da renda financeira que possuem. Consumindo um suco fino que as pessoas denominam de chula.
A mistura com água e outros ingredientes, promovida fora da Região Norte do Brasil,reduzindo a participação efetiva de açaí na mistura, é devido ao alto custo que seria exportar açaí do Norte, para outras regiões do país. Para se tornar economicamente viável, comerciantes passaram a misturar o açaí original, adquirido a alto custo, com outros elementos de menor valor econômico, viabilizando a venda. O detalhe é que isso gerou uma distorção na concepção de consumo da fruta: muitos brasileiros não sabem que o fruto é nativo do Norte ou que é consumido puro. Na Região Norte, tanto humildes ribeirinhos (moradores tradicionais das margens dos rios) como as classes economicamente mais favorecidas dos grandes centros urbanos consomem açaí sem os artifícios comumente empregados em outras regiões do país, considerando o açaí de duas classes: o açaí integral, sem tais artifícios, e o açaí misturado, que é aquele no qual se acrescenta água para dar mais volume e muitas das vezes até amido com intuito de obter mais consistência, comercializado com frequência em todo o país.

Fontes:
http://www.infoescola.com/frutas/acai/

http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7a%C3%AD

Falsificação de documentos público

Legislação direta
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

O que define um dia letivo?

Um dia letivo é aquele programado para aula, não importa a quantidade de alunos presentes. Ainda que haja um número reduzido de estudantes, ou apenas um, em sala de aula, o professor deve dar o conteúdo previsto e as pessoas ausentes levam falta. "A turma presente tem direito à atividade agendada", afirma Maria Eveline, coordenadora geral de Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a Educação no Brasil, as escolas devem cumprir pelo menos 200 dias letivos anuais, distribuídos em dois semestres. Totalizando, no mínimo, 800 horas, ou seja, 48.000 minutos (800 horas x 60 minutos). Escolas que consideram nessa conta a hora-aula, que normalmente é de 45 minutos, descumprem a lei. Os pais precisam, portanto, ficar atentos para garantir o direito dos filhos.
Nos 48.000 minutos não estão inclusos os exames de final de ano, intervalos e nem os recreios, que são contabilizados à parte. Reuniões de planejamento e outras atividades dos professores sem a presença dos alunos também não fazem parte dos 200 dias letivos.
Se por algum motivo não houver aula, a escola precisa repor o período suspenso pelo menos até atingir os 200 dias mínimos estabelecidos por lei. "Em casos emergenciais, a obrigatoriedade dos 200 dias pode ser anulada, caso a Secretaria Estadual de Educação assim determine", afirma Luiz Gonzaga Pinto, presidente do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo.
Luiz explica que isso pode acontecer porque a LDB prevê adaptações do calendário escolar de acordo com peculiaridades locais ou até climáticas. Ou seja, em caso de catástrofes naturais ou epidemias infectocontagiosas como a de gripe A (conhecida como gripe suína), os 200 dias podem não ser cumpridos.
Por causa dessa flexibilidade na lei, o Conselho Estadual de Educação de São Paulo publicou um despacho no Diário Oficial, no dia 8 de agosto, passando às escolas públicas e privadas a decisão de repor ou não as aulas adiadas por causa da epidemia de gripe A. No entanto, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, à qual o Conselho é vinculado, revogou a resolução e determinou que todas as escolas adequem seu calendário para cumprir a LDB. "As aulas podem ser repostas em períodos livres do dia, aos sábados ou mesmo encurtar as próximas férias", explica Luiz Gonzaga Pinto.
O importante, segundo Maria Eveline, é que a escola dê conta de ensinar todo o conteúdo programado aos alunos nesses 200 dias. "A instituição deve cumprir seu planejamento. Os pais e alunos, assim como as entidades que os representam, têm o direito de acompanhar e de serem informados sobre a forma como a escola fará as reposições".
A mesma regra vale, em tese, para a Educação Infantil, já que também tem programa de conteúdo mínimo a cumprir. "Ela é considerada a primeira etapa da Educação Básica, portanto tem de se pautar pelas mesmas orientações que os demais níveis", afirma Luiz Gonzaga. Como, porém, a educação só é obrigatória a partir dos seis anos de idade, a decisão de repor aula para as crianças abaixo dessa faixa etária cabe à escola em conjunto com os pais.